sexta-feira, 27 de março de 2009

EDIVALDO NOGUEIRA DÁ REAJUSTE DE 1% A SERVIDOR E 56 % AOS SECRETARIOS


Edvaldo Nogueira dá reajuste de 1% para servidores e 56% para secretários

Desmentindo cálculo anunciado pelo prefeito de Aracaju, dados do Dieese
comprovam que é possível oferecer reajuste entre 8,02% e 13,71%.


Na presença de servidores públicos municipais e da imprensa, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), anunciou ontem, 26, o reajuste de 1% nos salários dos trabalhadores para este ano. Enganaram-se os que acreditavam que a postura do gestor municipal seria a mesma que ele teve em relação aos secretários e aos vereadores da capital, concedendo reajuste, dos salários já gordos, de 56%.
A justificativa de Edvaldo Nogueira para tal atitude contra os trabalhados é a crise do capitalismo, iniciada nos Estados Unidos. O argumento já não é nem mais a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas a crise internacional.
Enquanto agentes comunitários de Saúde e de combate a endemias da Prefeitura de Aracaju, por exemplo, recebem R$ 392,00 de salário real e vão embolsar 1% de reajuste, o secretariado teve vencimento reajustado em 56%. Além disso, foram criados mais cargos em comissão (de secretários-adjuntos) que têm remuneração equivalente a 80% ao do titular. “Que crise é esta afinal?”, questiona a Central Única dos Trabalhadores de Sergipe.
“O mais grave disto tudo é que os dados apresentados pelo prefeito Edvaldo Nogueira não condizem com os dados fornecidos pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos - Dieese -, principalmente quanto à redução na arrecadação. O Dieese assegura que é possível oferecer reajuste aos servidores que pode variar de 8,02% até 13,71%”, explica o presidente da CUT/SE, Antônio Carlos Góis.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Profissionais de Ensino do Município de Aracaju - Sindipema -, Maria Elba da Silva Rosa, o mínimo aceitável de reajusto são os 8,02%. Em greve desde o dia 16 de março, a categoria deferiu em assembléia, nesta manhã, pela continuidade da paralisação.
“Tivemos reunião com o prefeito na véspera deste anúncio de reajuste de apenas 1% e nada foi sinalizado sobre isto. Já solicitamos que o prefeito nos apresente os dados da arrecadação do primeiro trimestre e o espelho da folha de pagamento dos professores para, daí sim, avaliarmos e tomarmos nova posição diante da condição estabelecida neste momento”, frisa Maria Elba.
Mais otimista, o presidente do Sindicato dos Médicos - Sindimed -, José Menezes, observa que houve um aumento substancial da semana passada para esta e diz que a categoria está confiante na evolução das negociações.
“De 0% para 1% já é uma melhora. Nós acreditamos que até o final da negociação os médicos serão atendidos, recebendo pelo menos metade do reajuste que os secretários receberam. Para a categoria, 28% de reajuste já será suficiente. Se a crise é para todos, que a cidade também seja para todos”, afirma José Menezes. O presidente do Sindimed ressalta que os médicos do município seguem em greve e reúnem-se novamente em assembléia no próximo dia 1º para, somente então, definir novos rumos da categoria.
FONTE: cut

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